Um super-herói mais humano, nisto implicadas as contradições e os questionamentos comuns a qualquer pessoa. No filme Homem-Aranha 2, por conta de um amor e no desejo de uma vida mais tranquila, o herói tenta negar os seus poderes. E eles vão sumindo por conta própria. Ele tentou ser um humano comum, com trabalho, estudo, amor, tudo organizado. Mas o seu senso de aventura falava mais alto e ele voltou para a luta. Daí é possível tirar alguma lição interessante. Uma delas é que as escolhas que são feitas na vida, apesar de sabermos dos eventuais pontos negativos, foram feitas por cada um de nós, não existe nada imposto - afinal, são escolhas.
Por qual dimensão da realidade é possível optar na vida? Quantas das escolhas são feitas com a desculpa de que não há outra opção? Será que na verdade, a escolha pela "falta de escolha" não é aquilo que mais se deseja - e não conseguimos admitir isso?
Deixando os heróis de lado e passando para a nossa vida de pobres mortais, temos eventualmente vontade de jogar o emprego para os ares, sair pelo mundo, ir morar no campo, viver em uma barraca em uma praia. Reclamamos da violência urbana, dos engarrafamentos, da falta de dinheiro, do corre-corre, do cansaço. "Ah, gostaria que tudo fosse diferente, gostaria de viver um mundo de aventuras", diz o homem cansado da rotina. No entanto, esse mundo tranquilo, de casa-comida-roupa-lavada, fomos nós que escolhemos. Com o conforto do ar-condicionado, com as diversões urbanas, com o acesso à cultura, com os prazeres mais ou menos acessíveis.
Peter Parker (vivido por Tobey Maguire) envereda pelo caminho inverso, tenta viver uma vida normal, negando os seus poderes. A cidade sente falta, os índices de criminalidade começaram a aumentar. Mas não foram os clamores da população que o fizeram voltar a dar atenção às suas características de aranha. Foi o seu chamado interno. A sua satisfação em cumprir o papel de herói, salvando vidas.
Grande parte das coisas chatas da vida, que incluem contas a pagar, carências afetivas, relações amorosas asfixiantes, stress no trabalho, rotina, tudo que parece engessar a existência, são escolhas nossas. Bem lá no fundo da nossa consciência, pesamos tudo para ver se o que é bom ainda tem mais força que o lado negativo. Isso verificado, continua-se do mesmo jeito ou muda-se o que está incomodando. É um exercício sem fim.
Por isso a grande viagem da arte, seja da literatura, do teatro, do cinema, dos quadrinhos. As histórias nos dão a liberdade que realidade nega. Incluindo poderes de aranha, de sair esguichando teia por toda parte e pular fora rapidinho. Seria tão bom...
Por qual dimensão da realidade é possível optar na vida? Quantas das escolhas são feitas com a desculpa de que não há outra opção? Será que na verdade, a escolha pela "falta de escolha" não é aquilo que mais se deseja - e não conseguimos admitir isso?
Deixando os heróis de lado e passando para a nossa vida de pobres mortais, temos eventualmente vontade de jogar o emprego para os ares, sair pelo mundo, ir morar no campo, viver em uma barraca em uma praia. Reclamamos da violência urbana, dos engarrafamentos, da falta de dinheiro, do corre-corre, do cansaço. "Ah, gostaria que tudo fosse diferente, gostaria de viver um mundo de aventuras", diz o homem cansado da rotina. No entanto, esse mundo tranquilo, de casa-comida-roupa-lavada, fomos nós que escolhemos. Com o conforto do ar-condicionado, com as diversões urbanas, com o acesso à cultura, com os prazeres mais ou menos acessíveis.
Peter Parker (vivido por Tobey Maguire) envereda pelo caminho inverso, tenta viver uma vida normal, negando os seus poderes. A cidade sente falta, os índices de criminalidade começaram a aumentar. Mas não foram os clamores da população que o fizeram voltar a dar atenção às suas características de aranha. Foi o seu chamado interno. A sua satisfação em cumprir o papel de herói, salvando vidas.
Grande parte das coisas chatas da vida, que incluem contas a pagar, carências afetivas, relações amorosas asfixiantes, stress no trabalho, rotina, tudo que parece engessar a existência, são escolhas nossas. Bem lá no fundo da nossa consciência, pesamos tudo para ver se o que é bom ainda tem mais força que o lado negativo. Isso verificado, continua-se do mesmo jeito ou muda-se o que está incomodando. É um exercício sem fim.
Por isso a grande viagem da arte, seja da literatura, do teatro, do cinema, dos quadrinhos. As histórias nos dão a liberdade que realidade nega. Incluindo poderes de aranha, de sair esguichando teia por toda parte e pular fora rapidinho. Seria tão bom...
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